Foi “a primeira tempestade” na “capital da prostituição e obscenidade”, Paris. Você está lendo, entre aspas, os termos com os quais o Estado Islâmico (EI) reivindica seu ataque de sexta-feira, 13, na França, com pelo menos 140 mortos.
O comunicado está publicado na central jihadista da internet (https://ent.siteintelgroup.com/Statements/is-claims-paris-attacks-warns-operation-is-first-of-the-storm.html), um califado virtual. Ali hoje se informa que terroristas já trocam venenos de seus arsenais químicos para futuros ataques, sejam da Al Qaeda, EI e de vários grupelhos pouco conhecidos.
“A França e aqueles que seguem seus passos sabem que ficarão no topo da lista de ataques do EI, e que o cheiro da morte nunca se dissipará enquanto estiverem à frente da campanha da Cruzada, desafiando nosso Profeta (…) Estamos orgulhosos de levar a luta islâmica à França e de combater muçulmanos, e seus aviões, na terra do Califado (…) Este ataque é o primeiro da tempestade e advertência àqueles que querem aprender”.
Na íntegra do comunicado, o terror na França é uma “bênção” cujo sucesso foi “facilitado por Allah”. No Bataclan, o local da carnificina em que mais de 100 reféns foram mortos, “centenas de apostatas estavam reunidos numa festa de prostituição”. Os oito terroristas mortos são elevados a mártires que mantiveram Paris sob seus pés.
Os jornais israelenses não circulam aos sábados. Mas seus sites dessacralizaram o shabbath para cobrir a carnificina em Paris. As bandeiras desceram a meio-pau em luto pelos mortos franceses. A Inglaterra fechou o terminal norte do aeroporto de Gatwick, por precaução. A imprensa alemã noticia que um homem ligado aos ataques foi detido na Bavaria. A Finlândia redobrou a vigilância em suas fronteiras. O policiamento também foi redobrado em New York. Uma tropa de 1500 soldados patrulha os pontos turísticos parisienses. E a Rússia estuda restringir os voos para a França.
Veja o terror na França na capa dos jornais do mundo.
Domingo
Foram selecionadas apenas as capas que romperam o formato rotineiro dos jornais, mais criativas. (Abaixo, as capas do sábado).
Sábado