O presidente Trump deve apelar à união nacional em seu discurso desta noite sobre o Estado da União – ele que é acusado de desunir os americanos. Será o “estado da desunião”, publicou um jornal.
Alguns repórteres tiveram acesso ao rascunho do discurso. O parágrafo que mais chama a atenção diz:
“Juntos poderemos romper décadas de impasse político”, e segue propondo “pontes sobre antigas divisões, cicatrização de velhas feridas, construção de novas coalizões, e ainda a iniciativa deforjar novas soluções e de destravar a extraordinária promessa do futuro da América”.

Para ganhar aplausos, Trump vai se comprometer a reduzir preços de drogas à venda sob receita médica, uma reivindicação bipartidária. Ele deverá falar de sua ofensiva contra Maduro, da Venezuela; das relações comerciais com a China; de seu próximo encontro com Kim Jong Un, da Coreia do Norte; e a retirada de tropas americanas das guerras na Síria e no Afeganistão, mas sem dar trégua ao terror do estado islâmico.
Suspensa no ar ficará a decisão de declarar emergência nacional para viabilizar a construção de um muro na fronteira mexicana.
Dois ex-empregados ilegais do clube de golfe de Trump, na Flórida, foram convidados pelos democratas – um deles já legalizado. Também foi reservado um assento para um sobrevivente de matanças perpetradas por atiradores solitários. É a pressão de militantes pelo controle de armas.
O Congresso terá três dias, até a sexta-feira, para preparar uma proposta de orçamento para a assinatura de Trump. O prazo se esgota dia 15. Como o dinheiro para o muro não será incluído, o governo americano está ameaçado de nova paralisia, depois da que vigorou da véspera de Natal até 27 de janeiro, um recorde de 35 dias.